Conceito em Definição ABC
Miscelânea / / July 04, 2021
Por Javier Navarro, em jul. 2017
Em algumas comunidades, as mulheres são reconhecidas como líderes sociais, econômicas e políticas. Esse fenômeno é conhecido como matriarcado, um modelo de sociedade minoritária hoje que só existe em algumas comunidades isoladas. Nesse sentido, podemos citar os Inuit em alguns territórios da América do Norte, os Ibo na Nigéria, os Kung na deserto do Kalahari ou do Nagovisi na ilha de Bouganville.
Na pré-história
Alguns tamanhos do neolítico, a chamada Vênus, sugere que há milhares de anos havia comunidades nas quais as mulheres desempenhavam um papel de liderança. Essas esculturas são interpretadas pelos antropólogos em um duplo sentido: o culto da fertilidade feminina e o papel da Liderança Mulheres.
O fundamento antropológico do matriarcado da pré-história é baseado na linhagem matrilinear, o que implica que todas as relações familiares e sociais tiveram a mãe como referência. Calcula-se que entre paleolítico e no Neolítico esse modelo social era majoritário. Deve-se levar em conta que o ser humano na pré-história desconhecia os mecanismos de
gravidez e, portanto, foram exclusivamente as mulheres que apresentaram evidências conclusivas de fertilidade.Durante o longo período do matriarcado, todos os fenômenos da natureza são atribuídos a alguma divindade
Nesse contexto, a mulher é a única que dá vida e, neste sentido, a sua figura é venerada por toda a sociedade.
Consequentemente, a mulher lidera uma comunidade e é ela quem decide onde viver e de que forma.
O matriarcado no País Basco
Embora seja inquestionável que a maioria dos modelos sociais são patriarcais, também é verdade que em algumas comunidades as mulheres governam de forma não oficial. No País Basco, as mulheres tiveram e ainda têm um autoridademoral especial em toda a sociedade.
A sociedade e a cultura basca tradicional baseavam-se na aldeia rural, em que a mulher era o pilar fundamental de organização do trabalho doméstico e do cotidiano em geral. O homem tinha um papel secundário e dedicava-se principalmente ao cuidado do gado ou do pastoreio. A dona da casa (la etxehoandre) não era a única responsável, pois outras mulheres tinham um papel singulares na vida cotidiana, como parteiras, fitoterapeutas ou mulheres encarregadas de cuidar dos Igreja.
Todos estes figuras As mulheres do mundo rural basco gozavam de grande prestígio social e, portanto, alguns antropólogos (por exemplo, Julio Caro Baroja) falam do matriarcado basco.
Fotos: Fotolia - Mondela - Vbel71
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