10 exemplos da Etopeia
Miscelânea / / July 04, 2021
Etopeia
O etopeia é uma figura retórica que consiste no Descrição dos traços morais e psicológicos de uma pessoa. Por exemplo: Ele sempre se sentava no fundo da classe. Ele era quieto, tímido, mas muito mais inteligente do que os outros, embora tivesse o cuidado de passar despercebido. Nas poucas vezes em que participou das aulas, com sua voz fraca, que lutava para levantar, dizia coisas que nos deixavam sem palavras. Você poderia dizer que ele era culto, atencioso e memorável, além de criativo.
Com o passar do tempo, outros traços foram adicionados que permitem a compreensão do personagem como o seu personalidade, costumes, crenças, sentimentos, atitudes e visão de mundo.
A etopeia difere da prosopografia (a descrição da aparência física dos personagens) e retrato (dispositivo literário que combina recursos externos e internos na descrição do personagens).
Normalmente, o etíope acontece quando um personagem recebe uma voz para se expressar por meio de seus termos específicos, modo de fala e imagens. Nesse sentido, trata-se de deixar o personagem falar por si, utilizando o
diálogo, monólogo ou monólogo interno.A etopeia é considerada um recurso de cunho teatral, pois obriga o leitor a entrar no psiquismo do personagem e representa um grau psíquico do personagem. Descrição.
Exemplos da Etiópia
- Suas rotinas eram tão rigorosas que os vizinhos as usavam para ajustar seus relógios. Este foi Kant, um filósofo que, talvez por causa de sua compleição doentia, se agarrou à pontualidade e previsibilidade até sua morte. Todos os dias, ele se levantava às cinco da manhã, das oito às dez ou das sete às nove, dependendo do dia, dava suas aulas particulares. Ele era amante das refeições pós-jantares, que podiam se estender por até três horas e, depois, sempre no ao mesmo tempo, deu um passeio por sua cidade da qual nunca mais saiu - e depois se dedicou à leitura e meditação. Aos 10, religiosamente, foi dormir.
- Seu único deus era o dinheiro. Sempre atento a como vender, mesmo o invendável, a algum ingênuo que se deparou na estação, que com palavras e demonstrações conseguiu encantar até com um botão. Para ele, tudo valia a pena na hora de vender. A verdade nunca foi seu norte. Por isso, ele foi apelidado de sofista.
- Em seu sorriso você podia ver seu passado triste. Ainda assim, ela estava determinada a deixar isso aí, no passado. Sempre pronto para dar tudo pelos outros. Mesmo o que eu não tinha. Foi assim que viveu sua vida, esforçando-se para que a dor pela qual passara não se traduzisse em vingança, ressentimento ou ressentimento.
- Quem conheceu meu pai destacou sua paixão pelo trabalho, família e amigos. Dever e responsabilidade nunca limitaram seu senso de humor; ele também não tinha vontade de mostrar seu afeto na frente dos outros. A religião, nele, sempre foi uma obrigação, nunca uma convicção.
- O trabalho nunca foi sua praia. A rotina também. Ele dormia até qualquer hora e tomava banho por acaso. Mesmo assim, todo mundo da vizinhança o adorava, ele sempre nos ajudava a trocar o chifre das torneiras ou as lâmpadas queimadas. Além disso, quando nos viu chegar carregados de coisas, foi o primeiro a se oferecer para ajudar. Nós vamos sentir falta disso.
- Ele era um artista, mesmo em seu jeito de ver. Atento aos detalhes, encontrou uma obra em cada esquina. Cada som, para ele, poderia ser uma canção, e cada frase, o fragmento de algum poema que ninguém escreveu. Seu esforço e dedicação podem ser vistos em cada uma das canções que deixou para trás.
- O meu vizinho Manuelito é um ser especial. Todas as manhãs, às seis, ela leva aquele cachorro grotesco que tem para passear. Ele toca bateria, ou pelo menos é o que afirma tocar. Então, das 9 para quem sabe que horas, o prédio estraga por causa do hobby dele. À noite, todo o prédio fede com a preparação de receitas desconhecidas que sua avó lhe ensinou uma vez. Apesar do barulho, dos cheiros e dos latidos do cachorrinho, Manuelito faz-se amar. Ele está sempre pronto para ajudar os outros.
- Aparentemente, sua esposa o havia abandonado. E desde então sua vida desmoronou. Todas as noites, ele era visto no pátio do bairro com uma garrafa do vinho mais barato e um copo sujo. Seu olhar sempre se perdia.
- Ele nunca tocou em um microondas. O fogo lento e a paciência eram, para ela, minha avó, a chave para qualquer receita. Ela sempre nos esperava encostada na porta, com nossos pratos preferidos já colocados na mesa, e nos observava com atenção enquanto degustávamos cada mordida, com um sorriso ininterrupto. Todos os sábados, às 7, devíamos acompanhá-la à missa. Era a única hora do dia em que ela estava séria e quieta. O resto do dia ele falou sem parar e toda vez que ele ria, tudo ao seu redor tremia. As plantas eram outra de suas paixões. Ela cuidava de cada um deles como se fossem seus filhos: dava-lhes água, cantava e falava com eles como se pudessem ouvi-la.
- Palavras nunca foram o seu feitio, ele sempre se calou: desde que chegou ao escritório, com o seu Sempre fui impecável, até o relógio bater seis horas, quando ele saiu sem fazer barulho algum. Quando sua testa brilhava de suor, foi por causa da preocupação que ele acordou de que algum número não o fechasse. Seus lápis, com os quais ele fazia cálculos intermináveis, estavam sempre mordidos. Agora que ele está aposentado, nos culpamos por não termos ouvido mais falar dele.
- Sua vida se assemelha, em sua caminhada incansável, a um evangelista de espírito cívico, cuja imensa queda de prosélitos ele viu por seis décadas alimentando multidões, libertando escravos de galera, imaginando lugares distantes, fascinantes colheitas de paixão, cheirando o estranho como seu próprio estoque com o precioso sândalo da bondade e engenhosidade. (Guillermo Leon Valencia)
- Flores vermelhas horríveis desabrocham sob seus rostos pacíficos. São as flores cultivadas pela minha mão, pela mão de uma mãe. Eu dei a vida, agora também a tiro, e nenhuma magia pode devolver o espírito a esses inocentes. Eles nunca mais colocarão seus braços pequenos em volta do meu pescoço, nunca suas risadas trarão a música das esferas aos meus ouvidos. Que a vingança é doce é uma mentira. (Medeia, segundo Sófocles)
- Mas, infelizmente, sofro um destino semelhante ao de meu pai. Sou filha de Tântalo, que vivia com as divindades, mas, após o banquete, foi expulsa da companhia dos deuses, e como venho de Tântalo, confirmo minha linhagem com o infortúnios. (Níobe, segundo Eurípides)
- Filha do cidadão mais ilustre, Metelo Cipião, esposa de Pompeu, príncipe de enorme poder, mãe dos mais preciosos dos filhos, sinto-me abalada em todos direções para tal acúmulo de calamidades que posso assumi-las na minha cabeça ou no silêncio dos meus pensamentos, não tenho palavras ou frases com as quais expressá-los. (Cornelia, segundo Plutarco)
- Dom Gumersindo [...] foi afável [...] prestativo. Compassivo [...] e se desdobrava para agradar e ser útil a todos, mesmo que custasse trabalho, insônia, cansaço, desde que não lhe custasse um real [...] Feliz e amigo de brincadeiras e zombarias [...] e os alegrava com a amenidade do seu tratamento [...] e com sua conversa discreta, embora não muito ática (Em Pepita Jimenez por Juan Valera)
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