Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão
Miscelânea / / November 13, 2021
Por Javier Navarro, em outubro 2018
Os sistemas democráticos de hoje são baseados em alguns princípios gerais, como o igualdade antes de o lei, separação de poderes, liberdade de expressão ou soberania popular. Tudo isso tem como um de seus precedentes históricos um texto fundamental e fundamental na história do Mundo ocidental nos últimos séculos: a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789.
Contexto histórico
O esboço deste documento não pode ser entendido fora do paradigma da Revolução Francesa. Este episódio histórico marcou, em poucas palavras, o fim do monarquia absoluta na França e os privilégios das classes mais altas.
Em 1789, o povo francês rebelou-se contra a monarquia estabelecida e, após um processo revolucionário, lançou um regime parlamentar e constitucional que representava a vontade geral.
Do ponto de vista filosófico, a Declaração foi inspirada nos ideais do Iluminismo. Neste clima novas ideias intelectuais foram levantadas: a crítica de direito divino, secularismo, autonomia da razão e direitos naturais.
Uma breve análise do conteúdo do DDHC
Conceitos essenciais que qualquer sociedade democrática atual assume foram incorporados: direitos inalienáveis ou direitos naturais. Foram introduzidos princípios que agora aceitamos com toda a normalidade, mas que em sua época eram novos e revolucionários: que os homens nascem livres e iguais e que a liberdade de expressão é um eixo fundamental em qualquer sociedade democrática.
Esses valores foram concretizados na abolição da escravatura, na liberdade de imprensa, na erradicação de qualquer privilégio social ou econômico e no secularismo.
Na mesma declaração foi enfatizado que as leis devem ser a expressão da vontade geral. Por outro lado, outro valor essencial também foi incorporado, o Estado de Direito. Isso implica que o respeito pela lei é o único critério para organizar a vida em sociedade.
No início do documento é explicitamente esclarecido que o não respeito aos direitos redigidos é fruto de toda desgraça pública e corrupção governamental. Aqui, a intenção é expressa em ser um texto de referência para o Constituição de qualquer governo.
De súditos a cidadãos
A Revolução Francesa representou o fim do Antigo Regime e, conseqüentemente, a erradicação dos privilégios de algumas classes sociais. No modelo do antigo regime, a sociedade era dividida em três classes: o clero, a nobreza e as pessoas comuns.
Com a chegada da Revolução Francesa essas distinções foram superadas e o critério de cidadania. Em suma, direitos iguais foram impostos em toda a sociedade, sem qualquer tipo de distinção ou privilégio.
Fotos: Fotolia - Erica Guilane-Nachez / Keryann
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