Conceito na Definição ABC
Miscelânea / / July 20, 2022
A ansiedade é o acúmulo de sensações físicas, emocionais e mentais que o corpo humano vivencia em uma situação, o que gera um estado de alerta constante diante de um perigo real ou imaginário.
Lic. Em Recursos Humanos, estagiário do Lic. em Psicologia (Social)
Dentro das emoções básicas que o ser humano tem, que são felicidade, raiva, nojo, tristeza e medo; este último está associado ao conceito de ansiedade. A emoção do medo tem a função de alertar o corpo de perigos que podem prejudicar nossa integridade por meio dos mecanismos, fazendo com que a pessoa fuja, ataque ou fique completamente paralisada. No entanto, quando a emoção do medo se torna uma constante no cotidiano de uma pessoa, constitui-se uma patologia, dando origem à chamada ansiedade.
A ansiedade é conceituada de várias maneiras, pois, dependendo da abordagem do estudo, que neste caso é a psicologia, seu significado e a forma como é percebido, podem variar em cada abordagem atual ou psicológica. Neste trabalho serão revisadas as seguintes abordagens: psicofisiológica, psicodinâmica, comportamental e experimental, cognitivo comportamental, humanística e transpessoal.
Ansiedade, um conceito abordado nas correntes psicológicas
O estudo da ansiedade tem sido observado a partir de várias abordagens psicológicas. Cada um analisa o processo e a relação entre corpo e mente, as reações aos estímulos internos e externos.
Do ponto de vista psicofisiológico, a ansiedade é a resposta gerada pelo nosso corpo a uma reação emocional em nosso sistema nervoso autonômico e somático de acordo com James (1884, 1890), que formulou a teoria periférica da emoção. No entanto, Cannon (1927, 1931), refere que esta resposta emocional ocorre no sistema nervoso central, onde são dadas as respostas para a sobrevivência. (Días, 2019)
Para muitos, Freud (1984), foi um dos pioneiros na investigação da psique humana. Em seus estudos, estabeleceu que a ansiedade é causada pelo acúmulo de tensão, que é descarregada no corpo físico de forma somática, vista a partir de uma abordagem pulsional; e, por sua vez, categoriza-o em ansiedade real, neurótica e moral. (Días, 2019)
Sob a perspectiva comportamental e experimental, Skinner (1969, 1977), analisa a ansiedade, a partir do ambiente que circunda o ser e a resposta que tem a ela, tomando como indicador a reação a um reforço negativo ou positivo de a conduta emocional. (Días, 2019)
A psicologia cognitivo-comportamental, através de Clark e Beck (1999, 2012) define a ansiedade como um conjunto de circunstâncias que respondem tanto em comportamento, corpo, emoção e pensamento. Desta forma, referem que o processo de ansiedade é observado em dois processos, o primeiro, de avaliação primária de ameaça; e o segundo, o reavaliação secundária. (Días, 2019)
Por sua vez, a terceira força da psicologia, a visão humanista existencial, revisa o conceito de angústia a partir do percepção de ameaça dos valores centrais da pessoa (sendo os aspectos, ações que uma pessoa estima), gerando sensações de tensão no ser humano a nível psíquico e emocional. (De Castro, 2016)
A quarta e última força, a psicologia transpessoal, engloba a área da espiritualidade e a expansão da consciência, considerando a pessoa como um ser biopsicossocial. Portanto, esta corrente, externa às neuroses, inclusive a ansiedade, como um desequilíbrio das áreas psíquica, física, social e espiritual no ser humano. (Perez, 2017)
A ansiedade como patologia
Ao falar de ansiedade como uma patologia, refere-se à persistência e duração do desconforto físico e devido a fatores biológicos, psicossociais, traumáticos, psicodinâmicos e cognitivos. comportamental. (Navas, 2012)
De acordo com o DSM 5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), ele reconhece os seguintes transtornos de ansiedade:
É importante diferenciar o transtorno de ansiedade em seu tratamento de outros transtornos mentais, como transtorno bipolar, depressão, entre outras, ou doenças crônico-degenerativas, que geram os sintomas de ansiedade.
O transtorno de ansiedade pode ser abordado a partir da psicoterapia, fornecendo ao paciente ferramentas para realizar a aceitação e o manejo do transtorno. desconforto psicológico, sendo a terapia cognitivo-comportamental uma das melhores para lidar com pensamentos catastróficos e lidar com medos irracionais (fobias).
No entanto, dentro do campo da medicina, a psiquiatria é essencial para esses pacientes, onde são alterados sua química cerebral, e que, com base em medicamentos, permite a regulação e diminui os desconfortos físicos do paciente.
Além do trabalho de psicoterapia e psiquiatria, ferramentas holísticas como meditação, ioga, esporte física, o desenvolvimento de atividades artísticas, pode ser favorável na redução dos sintomas psicossomática e, por sua vez, geram uma resposta às circunstâncias que causam os sintomas de ansiedade.
O acompanhamento do paciente, para o trabalho do transtorno de ansiedade, é fundamental para que um bom manejo da ansiedade e sua qualidade de vida possa ser realizado até a velhice.
Referências
De Castro, A. (2016). Experiência de angústia desde a perspectiva humanista existencial em universitários de Cali e Cartagena. Itinerário educacional, 19-94.Dias, I. (2019). Ansiedade: Revisão e Delimitação Conceitual. UST Psychological Summa, 42-50.
Navas, W. v. (2012). Transtornos de ansiedade: revisão direcionada para a atenção primária. Revista médica da Costa Rica e América Central LXIX, 497-507.
Pérez Almoza; Bestard Bizet. (2017). Metamodelo meditativo no tratamento da ansiedade em transtornos neuróticos. Revista Eletrônica REA/ Entrevista Acadêmica, 283-294.
Tortella-Feliu, M. (2014). Transtornos de Ansiedade no DSM-5. Revista Ibero-Americana de Psicossomática, 62-69.