A importância do banquete de Platão
Miscelânea / / August 08, 2023
É uma das obras mais relevantes dentro do literatura da Grécia Antiga e também uma referência absoluta da produção literária universal. Ele traz a assinatura e o selo do influente e icônico filósofo grego Platão. Escrito no quarto século a.C. C., entre os anos 385 e 370, o seu tema é atual, o que explica a sua importância e claro que a permanência ao longo dos séculos.
Uma série de personagens ilustres discutindo o amor
Ele consiste em um diálogo que se realiza no âmbito de uma celebração que contou com a presença de algumas das mais importantes personalidades daquele época: o poeta Agatão, Fedro, o dramaturgo Aristófanes, o médico Erixímaco, Sócrates, Aristódemo, o general Alcibíades e Pausânias.
O lugar e o motivação do encontro gira em torno de Agathon desde que foi comemorado o prêmio que recebeu a primeira tragédia do dono da casa e anfitrião.
O tema central do debate é o amor, sendo Eros, o deus que representa esse sentimento, o personagem sobre o qual o foco é colocado.
Sexo, fertilidade e amor entre homens, foram outros temas analisados com o olhar aguçado desses sábios.
Enquanto comiam, bebiam, dançavam e cantavam, os presentes no banquete abordaram o tema do amor, debate que mais tarde foi sintetizado por Platão a partir de sua ideologia singular e a partir das concepções e conclusões que Sócrates, seu grande mestre, expressou na reunião.
O conceito de amor platônico nasceu e popularizou-se com esta obra, porém, é importante mencionar que A concepção que hoje lhe é atribuída, a de um amor inatingível, nada tem a ver com a original…
O amor é beleza e perfeição e uma matéria que só a alma acessa
Platão considerou que o amor é o impulso que nos leva a conhecer e observar a beleza, primeiro físico e então avança para um plano superior como o espiritual, e que culminará no conhecimento puro da beleza.
Para ele, o amor platônico consistia em amar as formas e ideias eternas, abstratas e perfeitas, e não estava ligado, como hoje, à paixão física.
Contemplar a beleza espiritual, diz-se no banquete, é algo acessível em outro estrato superior, ao qual se tem acesso na vida.
Quando o atenção Da discussão sobre sexo, conclui-se que o ato sexual pode não ser motivado pelo amor, basicamente, por ser um ato puramente natural, seja entre homens, entre mulheres, ou homens e mulheres, como forma de manifestar o desejo carnal pelo outro, ou na falta disso, o amor do amante por sua amado.
Alcançar o amor é tocar a felicidade
Os expositores do banquete criticam a busca do prazer em si e enfatizam a necessidade de buscar o amor. profundo, porque este é um valor universal e quase perfeito, intimamente associado a Deus, e o meio para alcançar o felicidade.
O prazer é amplamente criticado pelo simples fato de ser mediado e é instado a buscar a profundidade do amor.
Vale ressaltar que a obra também é conhecida pelo título de O Simpósio.