Importância da Primeira Infância
Miscelânea / / August 08, 2023
Nos primeiros anos de vida, estabelecem-se os alicerces do desenvolvimento (cognitivo, emocional, social, físico), que sustentarão a pessoa pelo resto de sua vida, assim como as vigas de um edifício. Segundo a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), a Primeira Infância é o período que vai do nascimento até os oito anos de idade. É um momento de grande desenvolvimento em todo o espectro físico e mental, de acordo com a influência do meio, seja para favorecer -ou não- o crescimento pleno.
Nestes primeiros oito anos, a Medicina e a Nutrição destacam os primeiros 1000 dias, como os fundamentais para o promoção da saúde, através de cuidados médicos (vacinas, exames de rotina, cuidados e/ou medicamentos e tratamentos de acordo com necessidades particulares) e alimentação (leite materno ou fórmula, alimentação complementar, suplementos nutricional).
Para a Psicologia, os primeiros mil dias também são fundamentais, pois o "filhote humano" nasce extremamente indefeso -psiquicamente-, sem um chip que indicar o que fazer -como fazem as demais espécies animais-, por isso a linguagem os envolve e os insere na cultura, desde o primeiro contato.
Embora cada criança seja diferente e desenvolva seu potencial em seu próprio ritmo, há aquisições que podem ser esperadas em uma determinada idade, como dizer as primeiras palavras, sentar e andar. São habilidades que devem ser controladas pelo pediatra, em primeira instância.
Nos primeiros oito anos, a maioria das crianças entra no processo de escolarização ou educação formal, com o jardim de infância -alguns antes com o jardim de infância- e, posteriormente, com a escola primário. Lá eles se reúnem com seus pares e contam com educadores que promovem o aprendizado físico, social e cognitivo.
O jardim de infância e a escola são centros educativos -extra-familiares- onde os pequenos encontram realidades diferentes dos seus e estão superando desafios de todos os tipos, desde estabelecer uma amizade, até resolver um problema de matemática.
Consequências da violência na primeira infância
A violência afeta a saúde integral em qualquer fase da vida, mas na primeira infância tem a particularidade de naturalizam com mais facilidade, ou seja, se situações de violência são vivenciadas nos primeiros anos, podem ser consideradas normais ou esperado.
Se a violência se tornar natural, é provável que a criança logo a use em outras relações, por exemplo, com seus pares, professores, irmãos, animais de estimação. Também o estimula a acreditar que é uma forma válida de se relacionar e, quando adulto, é uma pessoa violenta com a companheira, com os filhos, no trabalho, etc.
Porém, muitas vezes é possível sair do círculo da violência através da reflexão, aprendizado e ajuda terapêutica (às vezes é mais difícil que outras). Na educação contra a violência, a mídia e as instituições educativas também têm um grande papel.
Nenhum bebê ou criança - ninguém realmente - deve ser exposto à violência, pois causa danos irreparáveis. Incluímos aqui a violência física (ex.: surras de qualquer natureza, puxões de cabelo, empurrões, falta de atendimento médico, controle e em caso de acidentes), sexual (ex: abuso em suas diversas formas, ter relações na frente da criança), emocional (ex: gritar, insultos) e psicológicos (ex: exigências excessivas de idade, ameaças, intimidação, superproteção patológica, falta de atenção).
A violência nesta fase também pode ter um impacto maior e um prognóstico menos favorável, por isso é necessário promover e proteger, especialmente, os direitos das crianças.
Como cuidar da primeira infância
Bebês e crianças nos primeiros anos de vida precisam de um ou mais cuidadores responsáveis, que podem ser mães, pais, tios, avós, mas o essencial é uma presença que dê segurança afetiva ao filho e que o pequeno entenda que estará sempre ao seu lado. lado.
A parentalidade deve ser amorosa, com tempo dedicado à estimulação e brincadeira, com limites claros, expressos com respeito e de acordo com as possibilidades da idade e singularidade da criança.
A socialização também é muito importante para aprender a interagir com adultos, outras crianças e animais. Em todos os momentos estamos ensinando habilidades sociais, por exemplo, quando falamos com eles ao trocar de fralda, quando os levamos para a praça, aniversário ou evento, dizemos para eles dizerem "por favor" e "obrigado", etc.
A assistência médica começa idealmente no momento em que a pessoa ou pessoas decidem começar uma nova vida ou no momento em que a criança entra na família por adoção. Na gravidez e no parto há controles e cuidados específicos, além de visitas periódicas ao pediatra nos primeiros anos em que é avaliado desenvolvimento - por exemplo: peso, altura, motricidade fina e grossa, presença do olhar, sorriso social, alimentação, aprender a sentar e andar-.
Uma alimentação saudável e variada dará ao seu filho forças para crescer e acostumará seu paladar a certas comida e sabores, é por isso uma oportunidade para saborear comida a sério -frutas, legumes, cereais, leguminosas, carnes-.
O desenvolvimento da autonomia deve ser progressivo e acompanhado, confiando nas potencialidades da criança. O “BLW” (Baby Lead Weaning) ou em sua versão “BLISS” (Baby Led Introduction to Solids) e o “livre movimento” vão nessa direção; no primeiro caso: abrindo espaço para a autorregulação na ingestão e no segundo focando: respeito aos tempos, formas e preferências de movimento.
É muito importante validar as emoções pelas quais a criança está passando - alegria, raiva, frustração, tristeza, etc.-, isto é, compreender, aceitar e acompanhar esses processos, colocando-nos no lugar do Menino. Pouco a pouco, a criança aprenderá a administrar suas emoções com mais habilidade, mas nos primeiros quatro anos de vida - especialmente aos dois e três anos anos - haverá muitas crises de choro e raiva, sendo totalmente saudável (sempre dentro de certos limites, a serem avaliados por um profissional psicólogo, se necessário). necessário).
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