Uso e abuso de acrônimos
Rascunho / / July 04, 2021
De acordo com a definição acadêmica, a sigla (em latim é uma palavra no plural que significa "figuras" ou "abreviações") é a letra inicial que É usado como abreviatura de uma palavra e também o rótulo ou denominação que é formado com as letras iniciais de vários palavras.
D. (presente), E. (leste), V.S. (Meritíssimo), S.A. (Sociedade limitada), O.E.A. (Organização dos Estados Americanos), U.S.S.R. (Repúblicas Socialistas Soviéticas da União), P.R.I. (Partida Revolucionário institucional), U.N.A.M. (Universidade Nacional Autônoma do México), F.B.I. (Federal Bureau Investigation), A.L.A.L.C. (Associação Latino-americana de Livre Commerce), O.P.E.P. (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), S.E.L.A. (Sistema Econômico Latino-Americano), C.E.E. (Comunidade Econômica Européia), etc.
Em relação à pontuação das siglas, é necessário esclarecer que, embora a norma estabeleça que "no final das abreviaturas deve-se colocar ponto", o costume - principalmente jornalística - generalizou a supressão desses pontos, principalmente quando as letras formam grupos pronunciáveis como palavras: PRl, UNAM, OPEP, SEI LÁ... Antes dessa eliminação total de pontos, havia uma etapa intermediária em que apenas o ponto final da sigla era preservado: PRL, UNAM., OPEP., SELA. Em suma, o uso de pontos nas siglas de várias letras evoluiu da seguinte forma: primeiro, um ponto foi colocado após cada letra maiúscula, como uma abreviatura; mais tarde, todo o conjunto foi considerado uma abreviatura e o ponto final foi adicionado a ele; por fim, foi eliminada toda a pontuação, visto que a condição da sigla decorre da escrita em maiúsculas. Mas há quem vá mais longe na simplificação da grafia e use apenas a inicial maiúscula, como se fosse um simples nome próprio: Unesco, Unicef, Fao... (Este uso não é recomendado, pois esconde a formação múltipla daqueles que são realmente conjuntos, não termos).
A sigla é um fenômeno linguístico típico de nossa época. Todos os dias seu emprego é estendido. A esse respeito, o escritor Enrique Banchs comenta: "Ele se espalha simultaneamente em todos os estratos sociais e tende a se tornar um léxico-chave, complementar à linguagem comum."
Embora o uso de siglas responda a uma necessidade muito atual de "economia linguística", seu uso abusivo ou indiscriminado representa um perigo, destacado por Banchs:
Acontece que muitos dos que os usam ignoram ou até esquecem as palavras-mãe das siglas.
A maioria das siglas é usada apenas dentro de um país e não tem significado fora dele. De tal forma que, tão ininteligíveis, essas siglas nacionais ou regionais, cada vez mais numerosas, são uma elemento de separação ou incompreensão entre povos da mesma língua que se comunicam pela imprensa ou pela livro.
Sobre a condição muito particular dessas palavras, que têm invadido a expressão de forma alarmante devido ao seu número crescente, destaca o citado autor:
Acima de tudo, eles não são mais siglas. Eles são, em uso, idênticos aos nomes próprios. Mas eles resistem a algumas regras gramaticais, por exemplo, o acidente dos números. São neologismos e não são, porque um neologismo não surge do nada, tem alguma raiz, mesmo numa língua estranha. Eles não correspondem à natureza de nenhuma linguagem e, no entanto, concordam com a de todas, a ponto de não poderem ser considerados bárbaros, e o são brutalmente em sua aparência. Eles não são termos técnicos,.. É criado um dia, de repente, pela inventividade individual, e no dia seguinte eles se tornam indispensáveis.
Palavras derivadas e compostas surgem de siglas —convertidas em nomes próprios—: vozes genéricas compreensíveis para quem conhece o significado de seus pais. Assim, do PRI, nasceram termos muito significativos no México, como PRI, anti-PRI, PRI; da CCT (Confederação Geral dos Trabalhadores), cegueira, cegueira, cegueira, procegeta; da ONU (Organização das Nações Unidas), unismo, etc.
Tanto as siglas quanto as chamadas figuras (combinações formadas não apenas com as letras, mas com as sílabas iniciais das palavras, como CONACYT = Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia; BANFOCO = Banco de Desenvolvimento Comercial; FANACAL = Fábrica Nacional de Calçados; AÍ.PRO = Aliança para o Progresso) são cada vez mais numerosos, por sua conveniência de síntese. Eles são usados para designar instituições públicas e privadas, marcas registradas, nomes comerciais, títulos de publicações, frases convencionais e nomes de pessoas conhecidas.
Ao usar este tipo de "ultra-convenção" linguística, é conveniente estimar a extensão de sua compreensibilidade, para que cumpra a sua missão comunicativa: deve-se considerar se precisam dos correspondentes esclarecimento. O mais usual - exceto nos casos de óbvio entendimento - é esclarecer os termos na primeira vez em que são usados no texto.