Exemplo de ensaio acadêmico
Ensaios / / July 04, 2021
O ensaio acadêmico É uma composição em prosa, focada em expor as ideias do autor sobre um tema específico, respondendo a uma pergunta ou apoiando um ponto de vista. É usado para avaliar a aprendizagem dos alunos e seu espírito crítico. No texto, são feitas citações dos autores em que apóia, ou com quem discorda, e são expostos os argumentos que sustentam esse ponto de vista.
O ensaio acadêmico Consiste nas seguintes partes:
Introdução. Na introdução, o tema do ensaio é brevemente exposto, é um breve resumo que define e especifica o tema a ser discutido. Em muitas áreas é comum incluir este mesmo texto em inglês, com o título “Abstract”.
Corpo. Também chamado de desenvolvimento ou abordagem, é onde a argumentação será apresentada de maneira ordenada. Elementos como tabelas, gráficos, citações ou notas de rodapé podem ser usados na exposição. Nesta parte serão apresentados os argumentos a favor ou contra o acima exposto. Uma característica da exposição é que quando se discute o objeto de estudo ou uma citação, o faz na terceira pessoa (o autor citado..., afirmam..., de acordo com suas ideias..., etc.). Por outro lado, quando se fala da própria opinião, costuma-se fazê-lo no plural (Do que pensamos..., do que concluímos..., Consideramos..., etc.) Esta forma expositiva é de origem medieval. Nos estilos expositivos, o expositor falou com autoridade, e essa autoridade foi apoiada pelo divindade, no caso dos clérigos e eclesiásticos ou pela universidade, no caso dos filósofos, médicos e advogados.
Conclusão. A conclusão é o encerramento do ensaio, onde fica exposto o desfecho da exposição, o resultado da argumentação do ensaio.
Bibliografia. A bibliografia é a lista de livros, arquivos de áudio, vídeo, revistas, jornais, páginas da Internet e outras documentações que foram obtidas em consideração para a realização do ensaio, tanto aquelas que sustentam o ponto de vista exposto, quanto aquelas que são contrárias e contraditórias no trabalho. A forma de marcar horários é a seguinte:
Livros:
(Sobrenome do autor), (nome do autor). (Título do livro). (Editorial), (Edição), (País), (Ano).
Jornais e revistas:
(Sobrenome do autor), (nome do autor). (Título do artigo). Publicado em (Nome da revista ou jornal), (Data de publicação), (Seção), (Página).
Artigos de enciclopédia e dicionário:
(Nome da enciclopédia ou dicionário). Artigo (palavra ou biografia). Volume (se for em vários volumes), (Página), (Edição), (País), (Ano).
Materiais Audiovisuais:
(Título do programa), (Nome da série e número do programa, se houver). (Diretor ou proprietário do programa ou vídeo). (Estudos que o realizam, ou a empresa em que foi transmitido ou detém os direitos autorais). (Ano de realização; se for um programa de rádio ou televisão, data e hora da transmissão).
Materiais da Internet:
(Sobrenome do autor), (Nome do autor). (Nome ou título do documento). (Endereço da página da web. Se várias páginas do mesmo site foram consultadas, o endereço do site é citado)
O formato do ensaio é geralmente em papel tamanho carta, um lado, com espaço duplo. Ao usar uma máquina de escrever, 60 traços (ou seja, 60 caracteres) e 30 linhas por folha foram usados. Com o uso de computadores, as margens superior e inferior de 2,5 centímetros são usadas e as margens direita e esquerda de 3 centímetros, (predefinidas na maioria dos processadores de computador). textos), com fonte tamanho 12, das famílias Arial (arial, calibri, tahoma ou verdana) e Times (Times New Roman, Bookman old style ou Book antiqua), sendo as mais utilizadas as famílias Arial e Times New Romano.
Exemplo de ensaio acadêmico sobre cultura:
Os aspectos negativos da cultura nacional podem ser melhorados?
Por: Examplede.com
Introdução:
A cultura mexicana tem manifestações muito ricas e variadas, produto de seu passado pré-hispânico e de sua herança ibérica. Porém, ao longo de sua história se viu que, apesar de possuir elementos suficientes para alcançar maior importância no mundo, preferiu continuar na mediocridade. Isso foi estudado por escritores estrangeiros e nacionais. Qual é, então, a razão pela qual essa incorporação plena ao concerto das nações ainda não foi alcançada? Ao longo do século 20, vários trabalhos foram publicados para explicar essas características e muito menos publicações para propor soluções.
Abstrato:
A cultura mexicana tem manifestações muito ricas e diversas, produto de seu passado pré-hispânico e de seu patrimônio ibérico. Porém, ao longo de sua história pareceu, quase ter elementos suficientes para ter um valor maior diante do mundo, você preferiu ficar na mediocridade. Isso foi estudado por escritores estrangeiros e nacionais. Qual é então a causa por que ainda não alcançamos essa integração para a comunidade das nações? Ao longo do século XX foram publicados muitos trabalhos para explicar este traço, e menos publicações, para propor soluções.
Abordagem
Em 1908 foi publicado o livro "Mexico barbarian" de John Keneth Turner, onde a partir de seu olhar norte-americano, ele vê o povo O mexicano como um povo de selvagens, ignorantes, conformistas, apesar de viver oprimido, preguiçoso, fanático e inconstante.
Em 1934, durante o México pós-revolucionário, Samuel Ramos publicou “O Perfil do Homem e da Cultura do México”, onde aplicou técnicas psicanalíticas ao povo mexicano. De acordo com suas conclusões, existem três tipos de mexicanos:
O Pelado. Ele a define como "a expressão mais elementar e mais claramente definida do caráter nacional". É o mexicano rude, intelectualmente primitivo e selvagem, em um estado de vida degradante, que constantemente requer uma auto-afirmação que busca alcançar por meio da violência física e verbal.
O mexicano da cidade. Ele é o mexicano proletário: desencantado, pessimista, desconfiado, trabalha por necessidade, estuda o mínimo e se gaba de sua ignorância.
O mexicano burguês. É o mexicano que tem uma situação econômica confortável, busca viver com requinte, é um nacionalista exagerado. No entanto, quando estão confidentes ou sob a influência do álcool, isso revela sua verdadeira natureza: invejosa, apaixonada, intolerante, machista e exigente.
"El laberinto de la Soledad" é uma coleção de ensaios publicada em 1950 por Octavio Paz. Nele, ele faz um estudo sobre o mexicano e por que ele é daquele jeito. Uma de suas conclusões é que a miscigenação é produto de uma imposição violenta, de uma violação ou, no melhor dos casos, de um engano e sedução. Ele exemplifica Malinche e afirma que sem a figura paterna e nascido da mulher violada, o mexicano é "filho da chingada" e vive em constante solidão.
Para 1984, Alan Riding, a partir de suas próprias observações e apoiadas em trabalhos anteriores, de Turner, Ramos e Paz, também expõe o que percebido como o mexicano: ritualístico, desordenado, impontual, tende a se desvalorizar e ao mesmo tempo quer fingir que vive melhor que o seu realidade.
Como podemos ver, ao longo do século 20 a percepção do mexicano como povo se manteve. dependente, preguiçoso, impontual, sem compromisso consigo mesmo, degradante, desinteressado em seu futuro.
Propostas de mudança.
Mas nem todos permaneceram estáticos. José Vasconcelos publicou em 1925 "A Raça Cósmica", ensaio em que afirma, ao contrário das ideias da época sobre a pureza da raça, que a miscigenação da América Latina lhe dá as características para formar uma quinta raça, a mestiça, que em sua cultura possui os melhores elementos de cada uma das etnias que é. Maquiagem. Esta quinta raça é a Raça Cósmica.
Consideramos que esta proposta de José Vasconcelos estava à frente do seu tempo, visto que esta cultura universal do homem universal é o desafio que agora impõe a Globalização e a Internet: acesso ao conhecimento da humanidade, disponível a todos, para que possam ser assimilados por todos.
A essa visão devemos adicionar a de Ikram Antaki. Esta doutora, nascida na Síria e de pais gregos, optou por viver no México e aqui desenvolveu tarefas educativas e de difusão cultural. Em 1996, após morar no México por 20 anos, sob o pseudônimo de Polibio de Arcadia, publicou o livro “O povo que não quis crescer”, que apresenta o México como uma planície povoada por crianças. Identifique as características do mexicano com as das crianças: irresponsável, imaturo, indisciplinados, dependentes, amantes do pensamento mágico, eles vivem o momento sem se preocupar com o futuro. Analisa a origem desse comportamento e o localiza em seu desenvolvimento histórico e na falta de assimilação cultural.
Com efeito, junto com o Dr. Antaki, consideramos que o mexicano ainda vive no sincretismo, isto é, na mudança de significados, na superposição de uma figura à outra. A proposta é a assimilação. Essa assimilação não significa uma mudança de cultura, mas um aprofundamento e incorporação: Preservando a identidade cultural fazendo parte da cultura cotidiana os valores da cultura ocidental e que são universalmente aceitos, como a incorporação do pensamento científico em todos os níveis, valores universais, como promoção da leitura e compreensão, consciência ecológica, etc.
Consideramos que esse comportamento de irresponsabilidade e dependência vem desde a época da conquista. Os missionários foram os primeiros a estabelecer um sistema de proteção para os nativos (ou seja, os habitantes das terras conquistados), a quem eles descreveram como pessoas piedosas, mansas e dóceis, que deveriam ser protegidas da impiedade e corrupção de seus conquistadores. Este sistema de protecionismo e dependência prevaleceu ao longo da era colonial, após a independência, e ao longo do século XIX, apesar das leis de reforma, visto que a cobertura das escolas de governo não era suficiente, sendo a Igreja a única com cobertura em todo o território.
Depois da revolução e com José Vasconcelos como Primeiro Secretário de Educação, criou as bases para unificar os heterogêneos e os dispersos população através de um nacionalismo que integra as heranças indígenas e hispânicas dos mexicanos, buscando desenvolver sua teoria da raça cósmico. Crie escolas rurais, bibliotecas e livros didáticos gratuitos.
No entanto, esse esforço integrador se perde novamente quando, durante o governo de Lázaro Cárdenas, a educação socialista é estabelecida no artigo 3º da Constituição. São ditados os planos oficiais de estudos obrigatórios e nestes a educação é orientada para a formação e o trabalho e implicitamente, a visão das vítimas, dos conquistados, e de que o povo deve ser dócil para ser protegido, agora, Para o estado. Essa situação prevaleceu ao longo do século XX e início do novo milênio, institucionalizando a visão autodenegrante de Octavio Paz.
Conclusão
A visão autodestrutiva do derrotado e do dependente serviu aos interesses do poder ao longo de nossa história. Os sistemas escolares têm proporcionado ensino incompleto, o que não tende ao pleno desenvolvimento do indivíduo, mas para obter seres servis e dependentes, o que os torna irresponsáveis, imaturos, impontuais e indisciplinado.
Acreditamos que para erradicar esses vícios culturais é necessário realizar ações educativas desde os níveis básicos, em aquelas que buscam o pleno desenvolvimento de cada indivíduo, bem como o reconhecimento de suas limitações e dos méritos de outras; que pode se defender sozinho, mas ao mesmo tempo precisa do trabalho em equipe, bem como da importância da formalidade, pontualidade e disciplina. Isso é importante se quisermos que os mexicanos sejam vistos em outras nações como pessoas capazes de enfrentar os novos desafios deste mundo em constante mudança.
Bibliografia:
Turner, John Kenneth, México Barbaro, E-book, 1st. Edição, México, 2005.
Ramos, Samuel, O perfil do homem e da cultura no México, Coleção Austral, México, 2001.
Paz, Octavio, O Labirinto da Solidão, Fondo de Cultura Económica, Espanha, 1998.
Riding, Alan, Distant Neighbours, Joaquín Mortíz, México, 1987.
Antaki, Ikram, A cidade que não queria crescer, Ed. Planeta, México, 2012.
Vasconcelos, José, The Cosmic Race, World Library Agency, Espanha, 1925 (retirado de https://www.filosofia.org/aut/001/razacos.htm)
De las casas, Bartolomé, Breve relação da destruição das Índias, texto completo, publicado em https://www.ciudadseva.com/textos/otros/brevisi.htm, 2010.