Conceito em Definição ABC
Miscelânea / / July 04, 2021
Por Cecilia Bembibre, em janeiro 2012
A palavra deserção vem do verbo desertar, que significa abandonar ou parar de fazer algo que foi feito em algum plano ou contexto.
Desista ou pare de fazer algo
O termo é usado principalmente em dois ambientes institucionais que têm a ver com o cumprimento de uma tarefa que leva várias etapas ou momentos: uma dessas instituições é o exército e o outro é o escola.
Deserção militar: deixar o serviço militar ou deixar de cumprir o serviço militar conforme programado
Em ambos os casos, a deserção é entendida como um fenômeno negativo, embora no caso do exército tenha uma sentido muito mais relacionado ao crime e no caso da escola costuma ser entendido como um problema social de difícil solução.
Quando falamos em deserção na esfera militar, estamos nos referindo a algo que na maioria das vezes é considerado crime.
Basicamente, este tipo de deserção consiste em não cumprir o serviço militar obrigatório ou abandonar o exército, qualquer que seja a patente.
Um ato covarde e punível
Isto é verdade, uma vez que o indivíduo que deixa o instituição uma vez terminada a carreira e podendo exercer a sua atividade, é visto como alguém que não quer defender nem servir ao país a que pertence.
Portanto, esse ato é visto como covardia e considerado um crime gravíssimo no âmbito institucional.
Dependendo do local e do legislação que cada exército nacional ou local mantém, a deserção pode ser punida com o maior número de punições graves, até levar à pena de morte se o país em questão ainda mantiver esta forma de punição.
O desertor, como é chamada a pessoa que assume esse comportamento, também pode ser mandado para a prisão como punição por seus atos.
É comum que os desertores, uma vez que tomem essa decisão, deixem seu país de origem e se refugiem em outros para evitar os duros castigos que, como já dissemos, esta ação planejou.
É importante notar que, de acordo com este significado da palavra, a deserção é o resultado de uma decisão pessoal individual.
Abandono escolar: abandono da escola primária ou secundária devido a causas socioeconômicas normalmente desfavoráveis
No caso do abandono escolar, trata-se de um problema mais profundo, pois, embora também comece pela decisão individual que cada aluno toma, Só podemos falar em evasão quando o número de alunos que desistem passa a ser significativo em relação ao total de alunos inscrito.
Assim, uma única pessoa que abandona os estudos não é necessariamente considerada abandono escolar.
Acredita-se que, na maioria dos casos, as altas taxas de evasão se devam a problemas sociais relacionados à pobreza, miséria, falta de expectativas, desemprego, emprego excessivo (que impede os adultos de concluírem os estudos), a impossibilidade de pensar um futuro melhor, etc.
O abandono ocorre nos estágios primários e secundários, enquanto quando ocorre no primeiro a situação é mais grave e difícil de reverter.
Ora, uma criança não para de ir à escola de um dia para o outro e por um único motivo, mas são vários fatores que se reúnem para que isso finalmente aconteça.
Um contexto em que prevalecem as deficiências, a falta de contenção e o apoio familiar que privilegia e incentiva a ida à escola para estudar e a identifica como meio de superação pessoal, dificuldades que impedem o cumprimento das obrigações escolares, notas baixas, problemas com o grupo de pares, são algumas das causas mais frequentes de abandono escolar.
Soluções: políticas públicas que melhorem o conteúdo e contenham a população mais desfavorecida
Todas essas causas não são fáceis de resolver e muitas vezes envolvem um trabalho profundo e árduo por parte dos responsáveis pelas áreas de Educação Demora muito tempo e anos antes de dar os primeiros resultados positivos.
Sem dúvida, este problema do abandono escolar é um verdadeiro desafio a ser enfrentado e resolvido pela os países que sofrem com isso, principalmente aqueles que estão em desenvolvimento ou têm altos índices de pobreza.
Existem várias políticas públicas que podem ser implementadas para promover integração e encorajar aqueles que decidem abandonar a escola porque não consideram o conteúdo atraente ou porque seus contextos desfavorecidos não despertam aspirações de progresso para o amanhã.
Ora, é preciso dizer que essas políticas devem ser acompanhadas de muitas outras voltadas para a melhoria das condições socioeconômicas das classes mais vulneráveis, que são justamente as que estão mais afastados da escola, e vale dizer que, paradoxalmente, são eles que mais precisam, pois a instrução é a grande provedora de possibilidades para um futuro melhor e vencedor.
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