Conceito em Definição ABC
Miscelânea / / July 04, 2021
Por Gabriel Duarte, em out. 2008
Medicina é o conjunto de técnicas e conhecimentos voltados para a preservação ou recuperação da saúde humana. Para atingir seus objetivos, a medicina se baseia em uma série de procedimentos: diagnóstico, que consiste na identificação correta dos problemas que afligem o paciente; tratamento, que consiste nas medidas a serem tomadas para aliviar as doenças, tentando alcançar cura e, por fim, prevenção, que consiste nas medidas tomadas para evitar males possível. Consequentemente, a prática da medicina tem como objetivo primordial a preservação ou o restabelecimento de saúde das pessoas, entendida como o estado de bem-estar biológico, psicológico e social da indivíduos. No entanto, o escopo da ciência médica ultrapassa esse objetivo principal e também é direcionado para a promoção da saúde (Educação das próprias pessoas e da população geral, com maior relevância naqueles habitantes de maior risco) e para a tarefa de assistir esses indivíduos em quem a recuperação da saúde não é possível, como os doentes terminais ou gravemente incapacitados.
Desde tempos imemoriais, todas as civilizações abrigaram indivíduos destinados à reunião de sabedoria em relação aos cuidados com a saúde. No entanto, a medicina ocidental está enraizada na Grécia clássica, reconhecendo em algumas das práticas ali realizadas o germe da tradição médica atual. Assim, merece destaque a figura de Hipócrates, a quem se atribui uma compilação de tratados que tratam de ética médica, dietética, medicina interna, anatomia, etc. Também importante é a figura de Galeno, que teria dado contribuições como a explicação do funcionamento das artérias do rim, da bexiga, das válvulas do coraçãoetc.; Ele também estudou doenças e se dedicou ao preparo de medicamentos.
O conhecimento da civilização grega terá notável influência na Idade Média. Nesse sentido, destaca-se a grande contribuição dos povos árabes, que disseminaram conceitos do ato médico adquiridos no Oriente Médio durante a ocupação dessas nações na Europa. Mais tarde, já no Renascimento, agregam-se contribuições importantes em relação à anatomia, principalmente da mão de Vesalius. Porém, é no século XIX que a medicina adquire os traços que hoje se observam, na medida em que a teoria se firma. Móvel, a ideia de evolução e a anestesia começa a ser usada. Já no século XX, as transfusões eram realizadas sem perigo, o uso de eletroencefalogramas e eletrocardiogramas foi implantado e a genética foi introduzida. As grandes contribuições da contemporaneidade têm sido fundamentalmente o uso de antibióticos, disponibilidade de técnicas de diagnóstico por imagem (desde os primeiros exames radiológicos em 1895 até o moderno Recursos de ressonância magnética ou tomografia computadorizada) e anestesiologia, que permitiu cirurgias mais seguras, indolores e com sucesso terapêutico.
O contínuo desenvolvimento da medicina tem permitido que a expectativa de vida humana aumente consideravelmente e sem cessar. No entanto, ainda é um desafio que todos os seus benefícios sejam totalmente acessíveis a toda a população, independentemente das circunstâncias socioeconômicas. Na verdade, a maioria dos casos de morbidade e a mortalidade nos países mais pobres, com impacto especial nas crianças, é representada por doenças transmissíveis e evitável por meio de investimentos em saúde pública, como infecções respiratórias e gastrointestinais, parasitoses e desnutrição. Por outro lado, nos países industrializados também ocorre uma contração da recursos econômicos destinada à saúde, que encontrou seu arcabouço institucional na chamada "medicina baseada em evidências", na qual se busca uma racionalização financeira da saúde pública. No caso de nações com situação econômica intermediária, como é o caso de muitos países latino-americanos, os dois fatores são combinados, para em que a prática da medicina tornou-se objeto de debate em que a necessidade ética e profissional do cuidar dos enfermos e a disponibilidade limitada de recursos para atender com equidade as necessidades globais de toda a população vulnerável.
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