Exemplos de lendas mexicanas
Miscelânea / / July 04, 2021
As legendas São contos folclóricos de tradição oral e de autoria anônima que relatam eventos naturais e sobrenaturais que acontecem em tempos e lugares reais. Por exemplo: O chupacabra, La llorona, O beco do beijo Y O fantasma da freira.
Esses histórias Costumam ter como protagonistas pessoas "comuns", que são atravessadas pela presença de algum fenômeno místico.
Exemplos de lendas mexicanas
- O fantasma da freira
Localizada no século XVI, na Cidade do México, esta lenda conta a história de María de Ávila. Vinda de uma família rica e da alta aristocracia, ela se apaixonou por um mestiço, Arrutia, que aspirava a se casar com ela por interesse. Os irmãos da jovem, Alfonso e Daniel, notaram o que estava acontecendo e se opuseram à realização do casamento.
Apesar de os irmãos terem proibido, Arrutia continuou tentando ver sua amada. Os irmãos decidiram oferecer-lhe uma grande soma em dinheiro enquanto ele desaparecesse, e ele aceitou.
A fuga do mestiço mergulhou Maria numa tremenda depressão. Depois de dois anos sem poder sair à tona, seus irmãos decidiram levá-la para o Antigo Convento da Conceição, e aí encerrá-la. Os dias de Maria eram monótonos: ela rezava e pedia pelo amado a cada minuto.
A dor e a depressão eram tantas que a mulher decidiu se matar. Ele o fez enforcando-se em um pessegueiro no pátio do convento. Bem ali seu corpo foi enterrado. Um mês depois, todas as noites, o fantasma da mulher começou a aparecer. As freiras e noviças viam seus rostos refletidos nas águas do lugar, toda vez que o sol se punha, por isso eram proibidas de sair para o pátio assim que começava a escurecer.
Segundo a lenda, o fantasma de Maria, desesperado pela ausência do mulato, o procurou em todos os cantos da Terra até que o encontrou e o levou para a vida após a morte.
- O beco do beijo
Esta lenda conta a história de um amor proibido entre Ana e Carlos, que se encontravam secretamente numa das varandas que davam para uma viela estreita de 68 centímetros de largura.
Lá, o casal demonstrou seu amor, até que um dia, o pai da menina os descobriu. Engolfado pela raiva, o homem assassinou sua filha, apunhalando-a nas costas com uma adaga. O amante, vendo que sua amada estava morrendo, beijou sua mão quente. A partir desse fato, o beco começou "o beco do beijo".
Esta lenda popular estabeleceu um tradição naquele lugar de Guanajuato: os casais que o visitam se beijam no terceiro degrau, o que, segundo dizem, garante sete anos de felicidade.
- Ilha das bonecas
Em uma ilha localizada no Vale do México, Don Julián Santana adquiriu o estranho hábito de colecionar bonecos abandonados com um único objetivo: afugentar o medo. Ele adquiriu esse raro hábito ao saber que uma garota que costumava assustá-lo se afogou perto de sua casa.
Em oferta de paz, no lugar onde a menina havia morrido, Dom Julián deixou as bonecas que ele recolheu e os que os vizinhos começaram a dar a ele, para que o fantasma da menina pudesse se divertir com eles.
Ao longo dos anos e até sua morte, Julián acumulou centenas de milhares de bonecos. E quem frequenta o local diz que, de longe, para cuidar deles.
- A chorona
É uma das muitas histórias de amor proibido, desta vez entre um homem de origem espanhola e uma mulher indígena. Como resultado de seu amor, três filhos nasceram, os quais ela tratou e criou com devoção. O problema é que a senhora queria formalizar o vínculo com o amante e ele recusou.
Um belo dia, o homem se casou com uma donzela espanhola e Notícias deixou seu amante louco. A perda de razão foi tal que um dia, ele levou seus três filhos ao Lago Texcoco e os afogou antes de tirar a própria vida.
Quem visita este local afirma ter ouvido o lamento de uma jovem vestida de branco, que vagueia sem rumo até se perder nas águas.
- O mulato
É a história de uma mulher misteriosa, que vivia em Córdova, cuja história ninguém conhecia e que, ainda por cima, foi praticamente uma eremita. Os motivos? Dizem que ela era tão bonita que, ao sair para a rua, passou a ser o centro das atenções de toda a cidade. Além disso, foi comentado que ele fazia curas com ervas; ele conjurou tempestades e previu eventos naturais.
Todos esses rumores sobre a bela mulata levaram a duras acusações contra ela: eles a acusavam de ser uma bruxa. A obsessão que sua pessoa despertava entre os vizinhos era tanta que até o prefeito da cidade, Martín de Ocaña, confessou seu amor, que ela rejeitou mesmo depois que ele lhe ofereceu as pérolas do Virgem.
Essa rejeição levou o prefeito a acusá-la de querer envenená-lo com uma mistura estranha. Por essa acusação, a mulata foi julgada e condenada a morrer em uma fogueira, em frente a toda a cidade, em uma fogueira de madeira verde.
Enquanto esperava em uma masmorra pelo dia de sua morte, a jovem conseguiu convencer um dos guardas a lhe dar um giz. Com ele, ele cobriu todas as paredes de sua cela com desenhos. Em uma das paredes, era possível ver um enorme navio, com as velas desenroladas, balançando nas ondas.
Com a obra pronta, que deixava perplexo quem a visse, a mulata fez ao carcereiro a seguinte pergunta, enquanto contemplava os desenhos: "De que precisa este navio?"
Depois de pensar sobre isso, o homem respondeu: "Deixe-o andar."
Com um leve sorriso, a mulata disse-lhe: "Olha só como ele está".
Dito isso, a mulher deu um pequeno salto e subiu no barco que começou a se perder no horizonte enquanto a mulher cumprimentava o carcereiro, que não conseguia escapar de seu espanto.
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