Conceito em Definição ABC
Miscelânea / / November 13, 2021
Por Gabriel Duarte, em novembro 2008
A dívida é chamada de obrigações contraídas com um terceiro, seja uma pessoa física ou uma mera pessoa jurídica. A parte devedora também pode ser identificada com uma pessoa singular ou coletiva. A tomada de dívidas é realizada por vários motivos, sendo o mais relevante para o economia aquelas relacionadas ao investimento em áreas produtivas. Em contrapartida, o devedor deve reembolsar o valor em uma data programada, acrescentando ao valor um juro que representa o lucro do credor.
Pode ser distinguido entre dois tipos de dívidas. Um é o dívida pública, que é o que os estados têm contra indivíduos, outros estados ou organismos crédito internacional; geralmente, isso consiste na emissão de títulos. O outro tipo de dívida é chamado dívida privada, que consiste nas obrigações que os indivíduos mantêm.
Também pode ser feita uma distinção entre dívida externa e interna. O primeiro é aquele que envolve credores externos e tem a vantagem de evitar a perda da poupança nacional. A segunda é aquela que é contratada com credores de origem nacional. A dívida externa tem sido um marcador do
política economia internacional para muitos países em desenvolvimento, que precisam de refinanciamentos periódicos com o objetivo de evitar crises financeiras. A crise da dívida que caracterizou a Argentina no início do século e que levou ao maior calote da história econômica mundial ainda é lembrada.É muito importante afirmar que, Atualmente, o desenvolvimento da economia sem a emissão de dívida é inconcebível. Isso permite que as diferentes entidades se dotem de liquidez quando precisam e planejem estratégias de médio e longo prazo que lhes permitam se sustentar financeiramente. Porém, o endividamento nem sempre tem consequências positivas. Muitas vezes, é contratado por motivos especulativos ou não relacionados a um investimento que incentive o desenvolvimento. A consequência final desse uso incorreto e quase criminoso do endividamento é a falta de investimento em áreas críticas para o desenvolvimento, como a saúde, Educação, as rotas de comunicação, tecnologia, foco de recursos energéticos, habitação e inúmeros aspectos sensíveis que fazem a economia de uma região ou de um nação completo.
Um exemplo de uso indevido de ferramentas de crédito pode ser oferecido pela crise das hipotecas subprime que se desencadeou em 2007 e as consequências que isso teve na crise internacional de 2008. Basicamente, o problema consistia na entrega de empréstimos hipotecários com alto grau de risco; quando os investidores viram bandeiras vermelhas e perceberam que muitas instituições bancárias e fundos mútuos tinham ativos envolvidos, o crédito foi retraído, afetando todo o economia. Como consequência desse fenômeno, desencadeou-se uma crise trabalhista, financeira e de crédito que levou ao perda de centenas de empregos em nações desenvolvidas, principalmente nos Estados Unidos e no sul Europa. Nesse quadro, a necessidade de refinanciamento de a dúvida da Grécia e a necessidade de outros estados, como a Espanha, para tomar dívidas em condições desfavoráveis para evitar uma catástrofe social.
Dessa forma, a dívida em si não constitui um fator favorável ou deletério, mas seu uso de forma incorreta ou correta é o que define seu verdadeiro papel. Embora a aquisição de dívida para aumentar o crescimento e o desenvolvimento, permitirá o retorno correto desses ativos após verificar os retornos dos investimentos, a dissolução por mecanismos espúrios desse componente financeiro só leva à geração a partir de pobreza e devastação de meios sociais, políticos, culturais e até naturais.
Questões de dívida