A importância de saber ouvir
Miscelânea / / August 08, 2023
por um bom comunicação é preciso saber ouvir, o que começa por ter vontade ou real intenção de o fazer. Trata-se, não de esperar que o outro termine de falar para dar o nosso ponto de vista, mas de nos concentrarmos no que nos é dito. quer transmitir, conectar-se com aquela versão da realidade que ela nos propõe, pois há muitas formas de entender a mesma feito.
No entanto, o emissor também tem papel fundamental em relação às formas como se expressa, para facilitar ou dificultar sua compreensão. Para uma escuta plena devemos considerar como as palavras são enunciadas, o tom de voz e o sentimentos ou emoções que acompanham e colorem esse discurso, por exemplo: indiferença, medo, arrependimento, amor, raiva, irritação, apatia. Isso pode ser captado por meio de gestos, atitudes corporais e expressões faciais, que acompanham a linguagem.
Existem pessoas que são mais hábeis em ouvir, mas com a prática essa habilidade pode ser melhorada significativamente, se é algo que interfere em nosso desenvolvimento social ou não estamos satisfeitos conosco neste ver.
Efeitos durante uma discussão
Quando não conseguimos ouvir antes ou isso não evitou nosso desconforto/aborrecimento, ocorre o que entendemos como discussão, conflito ou briga. No meio de uma disputa talvez seja o momento mais difícil de atender ao que nos dizem, mas também é extremamente enriquecedor resolver divergências e chegar a um acordo.
Alguns eixos a considerar são: não interromper, não reagir impulsivamente, reter a resposta até que a outra pessoa termine de falar, perceber tempo para processar as informações recebidas, não dando por certo - e, consequentemente, pedir esclarecimentos, quando for a nossa hora de falar-.
É fundamental ouvir sempre com respeito, paciência, atenção, valorizando o ponto de vista do outro, procurando entender e ter empatia, mesmo que pensemos diferente.
ouvir crianças
Acompanhar o desenvolvimento saudável e feliz de nossos filhos, assim como ouvimos o pediatra e demais profissionais que nos orientam na parentalidade, é preciso ouvir os pequenos, protagonistas de sua própria história, nas formas como podem se expressar, de acordo com suas idade.
Para desenvolver uma boa auto-estima é importante sentir-se apreciado e valorizado, levado em consideração consideração. Através da escuta atenta, as crianças compreendem e experimentam que sua visão de mundo é preciosa.
O que ouvimos? Suas necessidades, interesses, habilidades, humores. Como? Quando são pequenos, por meio de atitudes e gestos corporais, balbucios, olhar atento, desconforto físico, choro ou expressões de alegria. Então, à medida que crescem e adquirem linguagem, também podemos ouvir suas palavras e acomodar seu desconforto ou compartilhar sua alegria.
Colocar em palavras o que eles não podem ajudá-los a processar seus sentimentos e emoções, tolerar a frustração, aceitar limites -embora também seja saudável revelar-se, principalmente em certas idades, sendo sinal de autonomia- e processo ansiedades. Por exemplo: “você gosta de brincar com a bola”, “você está triste porque temos que ir para casa”, “você queria brincar com tal objeto, mas Você não pode porque é perigoso e você ficou com raiva quando dissemos não. Vamos procurar juntos outra coisa que possa ser feita? jogar?".
Saber ouvir em Psicologia
A escuta profissional distingue-se por se basear no conhecimento da ciência e não no bom senso. É aprendido em universidades e requer um título de habilitação. Escuta-se com um determinado referencial teórico -Ex: Cognitivismo, Psicanálise, Terapias Sistêmicas-; Nunca é uma escuta neutra, é escutada de um determinado lugar, uma posição ética e conceitual.
Saber ouvir, saber os eixos a ter em conta para isso, é um dos pilares para desempenhar o papel do psicólogo nesse sentido.
A partir da Psicanálise, deve haver espaço para o desdobramento da palavra da pessoa que consulta, acometida pelo mal-estar. Ao ouvir, o próprio julgamento é suspenso e as ideias não são classificadas; Para isso, falamos da "atenção flutuante" do analista -e da livre associação do paciente-. Então tudo começará a adquirir este ou aquele significado para o sujeito, girando em um enredo único.
O psicólogo escuta não para dar respostas ou indicações, pois o único que deve decidir sobre sua vida é o próprio sujeito, mas para lhe devolver próprias palavras, descobrindo coisas que você não sabia que sabia, abrindo novos caminhos para ser um pouco mais livre e mais dono de si mesmo existência. Você também pode encaminhar para outros profissionais - por exemplo: terapeuta ocupacional, psiquiatra, psicólogo especializado em um determinado assunto - se necessário.
O psicólogo é a sua própria ferramenta de trabalho, por isso o seu treinamento contínua, a ética profissional e o comprometimento com o trabalho são fundamentais para uma boa escuta. O supervisão relato de caso é outra ferramenta extremamente útil.
Tudo o que o paciente conta é protegido pelo sigilo profissional, exceto quando há risco certo e iminente para si ou para terceiros, se destina a evitar um crime ou o psicólogo precisa se defender de uma denúncia feita pelo paciente.
Imagens: B.B., Kpdmedia
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