Conceito em Definição ABC
Miscelânea / / July 04, 2021
Por Guillem Alsina González, em dez. 2017
Para a maioria das pessoas, o termo hacker (especialista em tecnologia, com especial incidência no segurança informática) tem uma conotação exclusivamente técnico. Mas a verdade é que, além dessa faceta óbvia, o hackeando também tem por trás de si toda uma faceta filosófica ou ideológica (como preferimos) que, em última análise, defende exemplo de liberdade de informação e transparência, e que dá origem aos ativistas deste ideologia, a hacktivistas.
O hacktivismo é a ideologia ou filosofia que sustenta a prática de hackeando, e que podemos entender como uma extensão social do desejo de liberdade de informação e conhecimento da prática de hackeando.
Em última análise, o que hacktivismo é que as pessoas, como cidadãos, estão mais e melhor informadas, de forma transparente. Por isso, defende tanto a eliminação dos segredos como a publicação de tudo, e -embora pareça contraditório- o uso de ferramentas de anonimato para preservar as liberdades individuais contra a espionagem eletrônica à qual os governos submetem as redes públicas a partir de
comunicação.O hacktivismo Foi expresso ao longo do tempo de várias maneiras, a mais primitiva das quais podemos considerar ter nascido com o início da expansão Informática, principalmente nos Estados Unidos, e que se fundaram em conselhos e reuniões de clubes de fãs de informática, cristalizando-se em uma série de ideias que deram lugar ao primeiro hackers.
Mais modernamente, podemos entender como fenômenos que fazem parte do hacktivismo Wikileaks (liberdade de informação, sem segredos) e Anonymous (coletivo hacktivista em todo o mundo que realizou diferentes ações).
Ambas as iniciativas (além de outras) são realizadas por pessoas com grande conhecimento técnico (Julian Assange, um dos co-fundadores do Wikileaks, foi hacker em sua juventude, assombrado pelo lei para acesso ilegal a sistemas de informática militar), mas que se baseiam em princípios éticos e morais.
Normalmente, essas atividades podem ser classificadas como mais “subversivas”, em relação à ordem estabelecida e às entidades governamentais.
Se pensarmos um pouco, faz todo o sentido: enquanto os governos ocultam informações para ganhar poder (às custas de outros estados e de seus próprios cidadãos), o hacktivismo visa capacitar as pessoas e trazer segredos à luz. A queda é inevitável.
Mas o hacktivismo Não só se demonstra sob a forma de ações mais de cunho político, mas também tem mais extensões sociais como a hacklabs.
Esses hacklabs são espaços abertos à comunidade, nos quais você pode aprender sobre novas tecnologias e experimente com elas.
Geralmente são autogeridos por voluntários, que dirigem o espaço e acolhem quem chega, organizando cursos e atividades, a maioria delas gratuitas, mas também algumas atividades pagas para apoiar as necessidades básicas do próprio hacklab.
Aqueles que se opõem ideologicamente a hacktivismo tentaram identificar esta ideologia com ideias de extrema esquerda (especialmente nos países em aqueles que são mais vistos, como os Estados Unidos) e, em alguns casos, com a extrema direita.
No caso dos governos, como no marco do confronto entre os Estados Unidos e o Wikileaks, o que as autoridades têm buscado é a criminalização das atividades do hacktivistas, algo que eles têm defendido alegando que suas ações seguem motivos ideológicos e humanitários.
Fotos: Fotolia - LuckyStep / Andrey Popov
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